segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"Depois de você, os outros são os outros e só..."

Eu ia começar dizendo que eu não sei o que acontece, mas percebi que era uma grande mentira. Eu sei, e muito bem, o que acontece. Eu sempre comparo, sempre acho menos, e sempre me esquivo. É assim.

E não é porque eu quero, nem que eu controle, mas quando percebo, já estou pensando "é melhor", "é pior", "é diferente"... e isso não me faz bem, apenas por trazer de volta lembranças que eu gostaria que fossem esquecidas. 

Acho que mais do que nunca eu entendo o filme "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças"... vem na cabeça coisas que não precisavam ser lembradas, e só pelo fato de eu estar com outra pessoa, as lembranças voltam. E se estou sozinha, não voltam, ficam "esquecidas". Talvez mais "guardadas" do que "esquecidas" de fato. Acho que essa é a minha principal resposta a querer ficar sozinha. 

Porque pra falta de tempo, pro cansaço, pro compromisso, uma grande paixão solucionaria. O que não dá, é ficar lembrando, lembrando, lembrando...

E não sei porque motivos esse "assunto" tem sido constante nesses últimos dias... minha mãe, em conversa num bar, revelou sentir saudade... ligo o som do carro e toca de cara "voe por todo mar... e volte aqui"... e tenho pensado com mais frequência, vai ver que é por causa do outro alguém... 

ai, quanta confusão... mais um ano e acho que as coisas vão mudar após o meu aniversário... e depois vejo que não passou de um dia normal, e que a vida continua como antes, sem nem uma mudancinha sequer... soh eu falando um ano a mais na minha idade...

fui...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Eu

Tive um surto.
Vou tentar refletir o que aconteceu. Mensagem ou telefonema todos os dias. Começou bem, mas depois, comecei a me sentir numa obrigação, num compromisso que foi me corroendo. Eu gosto de ficar em casa! Eu gosto de ver filme, eu gosto de ver TV, eu gosto de sair. Sozinha, com amigos. Aí eu tive a impressão de ouvir um "amor" no telefone. Foi o fim. Tentei por na minha cabeça que foi um "Lu", mas não consegui me convencer ainda. 

E não fico bem com isso, é bom ter alguém, de vez em quando. Porque também é bom sentir falta. E pra mim, melhor ainda é estar sozinha. Não pensar em ninguém, não precisar considerar outra vontade a não ser a minha. Isso pode soar muito egoísta, mas é que penso o dia inteiro em mim e na Bia. Ter a obrigação de pensar em mais alguém é muito pra mim. 

Acho que foi esse o meu surto. 

Me deparei também com a proximidade da morte. Não a minha, ainda (eu acho). A do meu avô. Por minutos pude perceber quase que um pedido de socorro pra que a morte chegasse logo. Depois de anos, 15 minutos mostraram que meu avô ainda sentia carinho por mim. Ele procurou a minha mão diversas vezes, pra que ele me fizesse carinho. Foi triste. Ele percebeu isso. Só que em menos de 24h ele surtou. E aí foi bem pior do que o meu surto. Ele quis se jogar da janela, e precisou ser levado pro hospital. Está numa "crise psicótica profunda", como a médica mesma definiu. Não sei o que é melhor pra ele, só quero que ele não sofra mais, e não nos faça sofrer mais também. 

Mas isso tudo mexeu muito comigo. Pra eu repensar o "tempo gasto" da minha vida. O que vale a pena?