terça-feira, 29 de setembro de 2009

"Por favor, me abrace e diga que essa história não termina assim. Vem me dar boa noite, porque é seu nome que eu chamo todos os dias antes de dormir. Até quando vou esperar?"
Foi o que ela escreveu na última carta. Última, porque não foram necessárias outras pra que ele entendesse o recado. Na noite seguinte estava lá, sem flores, sem orgulho, sem vergonha, sem nada... disposto a dar o boa noite pra ela. E deu, e depois daquela noite ela não precisou pedir mais nada. Porque nunca mais ele a deixou se sentir sozinha. Todos os dias ela recebia o bom dia e o boa noite, como no seu maior sonho!!"

Real?? Claro que não!!! Na vida real ninguém mandaria uma carta assim, porque o orgulho não deixa. E na vida real, ele também não viria, ou se viesse, ela não o queria mais, porque na vida real, nada é simples assim.

E antes que apareçam dúvidas, não. Esse trecho não é sobre qualquer vontade minha. Só queria fazer uma comparação do que é um "conto de fadas" e do que é a vida real. hehehe


Descobri uma coisa sobre mim. Esse blog não era pra eu escrever apenas sobre relacionamentos, mas eu tento, tento, tento mudar, mas acabo falando deles!

Tô fria. Por isso escrevi isso aí em cima, falar do que eu tô sentindo agora não tem graça! Monótono. Ao menos com relação ao coração. No mais até que não tem estado tão monótona não, meus dias estão sempre cheios de coisas pra fazer, e minhas noites, ah, meus amigos se encarregam delas!!! =D

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ainda sobre "Sense and Sensibility"

Pensei sobre o filme.. descobri que eu adorei esse filme, porque retrata o meu maior conflito.
e descobri tb que esse eh cum comflito meu, diante a mim. é um conflito interno.

Vou continuar pensando.

Conforto

Sonhei que uma conhecida minha estava em trabalho de parto, e de repente, o bebê nascia.. eu estava com ela, na casa dela!!!

Pelos dicionários, isso quer dizer que receberei ajuda de uma pessoa amiga, e que terei meus planos concebidos, junto a uma companhia.


Não sei se ainda acredito em significado dos sonhos, ainda mais de dicionários.. mas tomara que esteja correto.

Outra coisa, estou criando o hábito de vir aqui todos os dias, e tem sido bom, minhas emoções não estão ficando acumuladas, me sinto mais leve!!!

Sobre O assunto. Estou tranquila, entendi ontem que tenho que nada vai acontecer agora, que seria muito precipitado e me traria uma série de problemas. Esse conto de fadas, ou conto do Labirinto (teoria que depois eu exponho aqui), ainda vai ter um final, ou que ainda vou chegar ao centro. Mas se eu não pensar direito diante a Esfinge, e não responder como ela quer, eu não sobrevivo. Tenho duas alternativas: pensar muito sobre a resposta que eu vou dar, ou buscar um meio alternativo, que me tome mais tempo e outros cuidados, mas que me levará ao mesmo lugar.

Vou pensar sobre isso.

domingo, 27 de setembro de 2009

Fim.

Cansei desse chove não molha, cansei de imaginar. Não vou cansar de esperar, porque isso vai acontecer mesmo sem eu querer, mas cansei de criar expectativas. DESISTO!

Não, chega, né Luisa. Daqui a pouco você está se prendendo a uma imaginação, o que que é isso, minha amiga. Vamos abrir os horizontes, não se prender a nada e deixar a vida acontecer. É isso que preciso!!! É aquela velha história.. o que é meu, está guardado, só não sei onde está, porque embaixo da minha cama não está não! Tá na hora de eu permitir que ache o que é meu por aí!!!!

Passei hoje um dia maravilhoso ao lado da minha filha. Ela é um anjo!! Hoje entendo bem pra que ela está aqui.. pra me fazer rir, pra não me deixar me sentir sozinha, pra mostrar pra mim que eu sou muito importante pra ela!! A melhor risada, o melhor beijo, o melhor carinho.. ela é pra sempre!!

sábado, 26 de setembro de 2009

Sense and Sensibility

Assisti hoje (ao menos algumas partes) esse filme, que é feito com base no livro de mesmo nome. A autora é Jane Austen.

Estou buscando meu exato equilíbrio entre esses dois extremos. Estou entre a Elinor e a Marianne.

Ultimamente acho que estou mais pra razão (pura lógica) do que pra sensibilidade (nesse caso, pura emoção)... mas acho que preciso um pouco mais da segunda, sinto falta, e como!!!!

Sono!!!!

Coração bobo

Nem sei se é o coitado do coração.. acho que é mais a cabeça mesmo!!!

Confusoes diversas na minha cabecinha, muitas coisas pra serem pensadas e refletidas, não quero me precipitar!!!

Ficarei quieta!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Adão e Eva

Às vezes me surpreendo comigo!!!

Hoje uma amiga me questionava coisas sobre sexo, e eis que eu respondi:

"você que é religiosa, você acha que Deus fez Adão e Eva pra quê?"

acho que não preciso responder!!! ai ai Luisa.. seu lugar já está reservado no inferno, não tem nem chance mais de fugir de lá!!! hahahahahah

Ser ou não ser. Eis a questão

Acho que pela primeira vez eu pensei sobre essa fase. Ela parece profunda, mas não é. A dúvida é ser ou não ser, apenas isso. A profundidade está exatamente nessa confusão. Ser ou não ser o que? E li esses dias algo que faz sentido, e talvez responda isso.. quando se afirma ser alguma coisa, ao mesmo tempo estamos afirmando que não somos o contrário. Assim, ser ou não ser se completam. E passam a não ser uma questão, mas somos alguma coisa, e não o seu exato oposto. Mas que confusão! Eu sou, não sei bem exato o que, nem quem, mas alguma coisa eu sou, porque até pra não ser, eu tenho que ser!


Bem, essa confusão toda foi só pra antecipar o meu estado mental: confuso! alguma novidade?? hahahhaha
Hoje não tenho um monstrinho só na minha barriga, mas muitos!!! às vezes penso que eu viajo a toa, que estou num mundo de ilusão, outras vezes eu acho que estou demasiadamente pé no chão. E não consigo entender nada!

Sei que tenho que ter calma, que pra qualquer coisa dar certo, o requisito básico é ter calma. Mas e eu consigo? Minha ansiedade ainda me mata! Aposto que sim!! Queria que tudo acontecesse logo, e mudasse tudo logo, o mais rápido possível? Mas pra quê mesmo?? Quanto mais rápido acontecer, mais rápido vai acabar... não, não.. tenho que aprender palavras novas: CALMA, PACIÊNCIA, ESPERAR! vou escrever dez vezes cada uma no meu caderno. Vou internalizar esses sentidos!!!

Cadê meu chocolate?

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Mari

Saudade. Já posso sentir. Meu coração ficou apertadinho, acho que cabia em um grãozinho de areia!!!

Dessa vez senti, senti muito.. não quero que se machuque aí, não quero estar longe pra conversar com vc e te fazer rir!! Não queria deixar vc ir, mas sei que pode até não ser o melhor pra vc agora, mas era muito, muito importante que fosse!

De qualquer forma, nada me impede de deixar lágrimas cairem... gosto de chorar quando não é de tristeza!

Esses dois meses foram muito bons pra mim!!! Pude ficar com vc menos do que eu queria, mas mais do que eu esperava que fosse estar, e isso jah foi o suficiente pra me deixar muito, mas muito feliz!!! E, incrivelmente, você consegue estar perto nas horas que eu mais preciso!!! Até do outro lado do oceano vc conseguiu isso!!! hahahahha

Pessoinha especial demais, que agradeço até hoje a monitoria por ter nos colocado pertinho!!! ;DDD

Ah, te adoro demais!!! Te amo, Mari!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Oi pai

Eu não sei se tenho o direito de responder a carta que mandou para miha mãe a para a Laura. Mas o farei ainda assim, porque lá tem escrito meu nome e me dei esse direito.

Muitas informações, e no fundo senti que não sabe nada sobre o que eu e Laura passamos mesmo.

Irônico como as situações se repetem, mas os comportamentos mudam... Eu sou mãe agora, separada do pai da minha filha. Ódio, rancor, mágoa? Não. E creio que minha mãe não sentiu nada disso. Sinceramente, senti desprezo pelas coisas que você disse. Como você, com mais de 35 anos muda de carreira assim, de repente, já com 3 filhos e não quer que te chame de irresponsável? E o pior é confrontar com o que me diz hoje, para pedir DINHEIRO para o Dudu (que é estudante e tem 21 anos), porque ele tem obrigação?? Será que ele tem mais obrigação de contribuir com a criação da Bia do que você tinha comigo e com a Laura??

Outra coisa que não gostei nem um pouco é que numa parte você disse que a gente tinha uma relação boa, "lúdica", e que nos víamos toda semana, e deu entender que isso supria nossa carência. Mas a primeira coisa, ser pai é ser lúdico? Não me lembro de ter aprendido alguma coisa com você, não me lembro de você fazer parte da minha educação. Aliás, relacionado a escola, só me lembro das vezes que me esqueceu sentada na porta e das vezes, quando estudávamos no Indi, que não foi capaz, sequer, de perguntar como tinha sido a minha aula. A segunda coisa é que, por acaso não passa pela sua cabeça que a (péssima) relação que temos hoje não seja pelas carências de você na minha infância? Será que eu não senti falta do meu pai quando aprendi a ler, a andar de bicicleta, quando apresentei teatros na escola, na minha adolescência. Vamos fazer uma brincadeira? Farei perguntas e vamos ver quantas delas você pode responder... Com quantos meses eu caminhei? Quando parei de chupar chupeta (essa você vai saber porque a Laura te contou nas férias)? Qual foi a minha primeira palavra? Quem foi meu primeiro namoradinho? Quando foi meu primeiro porre? Quando dei meu primeiro beijo?

Naquela época, e digo hoje no papel de mãe, e não de filha, que a minha mãe fez aquilo por mim e pela Laura sim, você talvez não acredite.. Ela era professora, com filhas gêmeas, e que ambas tinham bronquite.. Quantas noites você acordou pra fazer nebulização na gente? Quantas vezes correu pro hospital pra fazer oxigênio em uma?? São essas coisas que me incomodam hoje. O pai que você não foi.

Tem mais, sobre abandonar a minha mãe, que você disse na carta que isso aconteceria uns 15 anos mais ou menos depois da carta, eu posso te responder hoje. Não. Não vou abandonar a minha mãe. Vou sair de casa, vou ter a minha família, vou crirar a minha filha, mas estarei sempre ao lado dela pra tudo! Ela sabe disso. Encorajando, dando força, fazendo a vida dela um pouco melhor e mais feliz!

Sobre as perguntas que te fiz, você poderia me fazer também, várias! Eu não saberia responder, talvez uma ou duas no máximo. E isso por que? Porque vivemos (no passado mesmo) uma relação que não aconteceu, foi superficial. Você vestiu a camisa de pai, mas nunca se sentiu confortável em usá-la, e nunca fez com que ela fosse praticamente a sua segunda pele. Na verdade ela foi uma camisa largona, que de vez em quando te encostava. Eu conversei isso com o Dudu.. a relação dele com a filha dele é ele quem vai construir, ela vai corresponder àquilo que ele propor.

Tem mais uma coisa que me incomoda e vou aproveitar pra falar: quando criança, vc nunca deu falta, mas eu e a Laura roubávamos biscoito na sua casa. Sim, ROUBÁVAMOS, porque não tínhamos coragem pra abrir o armário da cozinha, não nos setíamos à vontade para isso, daí, quando você ia dormir depois do almoço, uma ficava montando guarda na porta da cozinha, enquanto a outra pegava o biscoito. Agora avalie, o que é o sentimento de roubar pra duas crianças que não faziam nada errado? Que eram alunas exemplares, filhas dedicadas, que faziam ballet e tocavam piano?

O que mais? Eu sinto muito por estar falando isso assim, desse jeito, mas me dói saber que a minha mãe abriu mão de tudo por mim e pela Laura, e que você não abriu mão de nada por nós duas. Ou se abriu, nunca conseguiu que eu enxergasse.

Nesse email eu estou sendo sincera com relação ao que eu senti.. hoje não sofro mais com isso, durante a gravidez tudo o que aconteceu me mostrou o que você sempre foi e durante a gravidez eu sofri, sofri muito. Você não sabe quantas noites chorei pensando no que me disse, idiota, burra e ignorante.. e quantas vezes chorei porque não queria que com a minha filha acontecesse o mesmo comigo. Preferia que ela não tivesse um pai a ter a expectativa de ter um, mas no fundo, nunca tê-lo.. E hoje, fico muito feliz! Porque ela tem um pai, que sabe que ela gosta de cavalo, que não quer que ela fale palavrão, que a ensinou a pedir por favor, que a busca na escola 3 a 4 vezes na semana, que dá janta pra ela, dá banho, que é carihoso. E sim, que me ajuda financeiramente a garantir a comidinha dela, as fraldas, o leite, a escola, as roupinhas, os brinquedos!

Mais do que ser mãe ou pai, a gente tem que sentir isso. Vem de dentro uma responsabilidade que nos faz abrir mão de noitadas e bebedeiras, de viagens. E sou mais triste por isso? Não, de forma alguma! O Dudu é mais triste por isso? Ele que deveria responder, mas creio que não. Fazemos projetos e planos, pra seguirmos as nossas vidas (eu e o Dudu) parte em como era antes, sem a Bia, mas parte considerando um ao outro, companheiros, cúmplices na atividade de educar e crescer junto com a Bia. Ela veio sem querer, mas foi por querer que eu e ele escolhemos esse compromisso. E ele tem 21 anos.

Te admiro hoje, como pessoa, como profissional. Você trocou sua vida aqui, perto da sua família pra ter uma vida longe, admirável! Eu não faria igual! E admiro a minha mãe, como mãe! Ela conseguiu ser mãe e pai, ela conseguiu, mesmo trabalhnado 40 horas semanais, ficar comigo e com a laura tempo suficiente pra nos ensinar tudo que ela sabe, e a nos estimular a saber sempre mais. Se sou o que sou hoje, devo muito a ela. E no que eu errei, foi porque não aprendi direito ou talvez porque precisava aprender sozinha mesmo!

E aprendi com você também. Aprendi a não esperar mais do que as pessoas podem oferecer. Você diz que sente amor, e não duvido, mas é amor do seu jeito. Falar que ama, é fácil, difícil é mostrar pra quem a gente ama que a gente ama.

Eu não me detive a responder a carta, porque tem coisas que só a minha mãe pode responder, o que eu fiz foi tentar responder sobre as expectativas que você tinha que a "plantinha frágil" ficasse maior e mais forte. E eu acho que não ficou, hoje eu acho essa plantinha pequenininha, e muito, mas muito doentinha! A minha relação com você é mais de meros conhecidos, do que propriamente de filha e pai!